Roberto Seresteiro

Artista :

A seresta, composição caracterizada por apresentar poemas musicados, é considerada o primeiro estilo de música popular urbana do Brasil e existe desde o século 18. Por isso, quando falamos dela, parece que nos referimos somente ao passado. Parecia, pois um jovem cantor paulista quer mostrar que esse gênero de música continua preferido dos que o conheceram e segue conquistando novos ouvidos e jovens corações. Acredita tanto nisso, que adotou o nome artístico de Roberto Seresteiro e está lançando o primeiro CD Cordiais Saudações (selo Pôr Do Som).

A capa do CD, inspirada em desenhos do cartunista e compositor Nássara (1910-1996), já nos remete aos antigos discos de vinil, envolvendo o álbum com composições das décadas de 1930, 40 e 50, mais conhecida como ‘Época de Ouro’ da nossa música. Tem os ritmos do universo das serestas: valsa brasileira, modinha e samba-canção, material que Roberto garimpa há algum tempo.

Seresteiro, cujo nome de batismo é Roberto Saglietti Mahn, foi despertado para essa paixão muito cedo, ouvindo os discos que seu avô, Amando Saglietti, colecionava e escutava com freqüência. A adolescência de Roberto passou longe das bandas de rock, ele vivia era ligado na ‘velha guarda’. Frequentava as rodas de choro e seresta na sua cidade natal, Piracicaba, no interior de S. Paulo. Aos 19 anos fez seu primeiro show e foi acolhido pelos seresteiros e pelo público. Não parou mais. “Arte não tem prazo de validade. Atuando nessas rodas, percebi que apesar desse repertório ser ótimo, ninguém cantava ou falava dessas músicas, desses artistas. É minha missão mostrar isso, meu trabalho é esse”, diz Roberto.

O disco conta com as participações de Agnaldo Rayol e Roberto Luna, figuras icônicas de um canto romântico brasileiro, que enriquecem a empreitada do jovem seresteiro. Agnaldo, que reinou nas paradas de sucesso nos anos 1960 e 70, participa da faixa Ave Maria do Sertão (1952). Luna, dono também de muito prestígio na década de 1950, inclusive com o ‘clássico’ Molambo, divide os vocais no ‘samba-canção’ Madrugada (1948).

Entre as demais faixas, está Cordiais Saudações, de Noel Rosa, que dá título e abre o álbum. Foi lançada pelo autor em 1931, que a definia como ‘samba epistolar’ ou um samba em forma de carta. Outros destaques, a seresta Suburbana, lançada com sucesso por Silvio Caldas em 1937, e Seu Libório, divertido ‘samba-choro’ de João de Barro e Alberto Ribeiro, lançada por Vassourinha, em 1941 e que trata de uma relação a quatro, uma ousadia para a época.

Roberto tem atuado ao lado de artistas como Inezita Barroso, Dóris Monteiro, Dona Inah e Cauby Peixoto. Entre os shows que apresentou estão O Choro e Sua História (2009), ao lado do prestigiado regional Izaías e Seus Chorões e Orestes Barbosa – O Poeta da canção (2013), em homenagem aos 120 anos do nascimento do compositor e poeta.

É jornalista, ministra palestras e cursos sobre a história da nossa música popular em centros culturais e universidades. Também é apresentador e produtor do programa ‘Espaço Seresta’, na Educativa FM, de Piracicaba (SP), aos domingos, às 11h, que pode ser conferido pelo site www.educativafm.com.br.

O acompanhamento do CD é do Regional Imperial, formado por João Camarero (arranjos e violão de 7), Junior Pita (violão), Lucas Arantes (cavaquinho) e Rafael Toledo (percussão). Participam figuras ilustres da cena paulistana como Alessandro Penezzi (violão), Izaías B. de Almeida (bandolim) e outros.

 

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