Sérgio Reis

Artista :
Título : Questão de Tempo

“A gente (Tony Damito e Meire Cler) passava a noite ao lado da fogueira tocando sanfona e cantando. Um cafezinho e um bolo de fubá. Qualquer pessoa queria estar lá. Não precisava mais nada.” Esse é o resumo de felicidade para Sérgio Reis. E é o espírito que passou em seu primeiro disco de estúdio em 10 anos, “Questão de Tempo”, que lança agora.

A descrição se refere à música “Meu Lugar”, de autoria da dupla de amigos, gravada por Sérgio e que versa sobre “Um lugar abençoado/(…) Onde tudo é poesia”. O tema faz parte do verdadeiro resgate da música caipira, que narra a vida no campo. Mais que isso, compõe o que Sérgio quis trazer com o trabalho, “uma coisa leve, doce, pra cima”.

A simplicidade está em todas as frases de Sérgio Reis sobre “Questão de Tempo”. Está, claro, nas 11 faixas que montam o trabalho. Mas como é sabido em verso e prosa, simplicidade não é algo tão…simples…de se alcançar. Ao menos com a beleza depositada em canções que ora flertam com o romantismo, ora com temas engraçados e sempre com o cheiro de terra.

Sérgio Reis sabe bem disso. Não fez por menos. Em mais de 40 anos de carreira na música caipira, passou muitas noites à beira de fogueiras com parceiros lapidando esse talento.

Além de Tony Damito e Meire Cler, chamou um velho amigo, Moacir Franco, e juntos cantam deste “Questão de Tempo”, no momento mais romântico do trabalho. “Ele é um cantor excepcional, sou muito fã dele”, conta Da (realmente) jovem guarda da música sertaneja, recebeu a composição de Victor Chaves, da dupla Victor e Leo, “Fazenda Paraíso”, verdadeira ode às coisas da terra, que entoa sobre “pasto e boiada”: “De dia toco boi/De noite, viola”.

“Pedi pra ele algo que não precisava ser extraordinário, mas doce. Parece que ele escreveu a história dele, sabe? É um relato muito verdadeiro, de um menino que lutou tanto…E agora ele tem uma fazenda que pode chamar de paraíso”, fala Sérgio, com tom de padrinho (que é de fato).

O disco tem, claro, a graça e humor que marcaram a carreira do cantor. “Morena Faz de Conta”, que abre “Questão de Tempo”, tem acordeon, violão de 12 cordas, ritmo festeiro e desafio: “Morena faz suas contas/Se quer ser minha mulher”.

A pegada alto-astral do “molhar o bico” vem na igualmente alegre “Boteco da Esquina” e de forma mais escrachada em “Casei Porque Bebi”. “Quem não passou por essa situação, de ver a mulher no baile, achar que é a Luiza Brunet, e depois que passa o efeito ver quem é ela de verdade. O cara que só bebe pra não ver a cara da mulher”, diverte-se.

“Tetinha” trata também com humor do caipira que tem um compadre político e que espera que esse consiga dar um refresco em sua vida.

A temática recorrente, claro, é a vida no campo, bem retratada em “Choro de Saudade”, mas também há enaltação à fé, como em “Fã de Jesus”, onde pela simplicidade do protagonista Sérgio canta a ligação genuína entre homem e Criador.

Há também espaço para dançar ao som do acordeon em “Matuto” e “A Mala”, que fecha o disco. Melhor dizer que há espaço pra tudo. E em se tratando de Sérgio Reis, espaço de sobra pra música boa no país. Bem-vindo “Questão de Tempo”.

ORÇAMENTO

Sergio Reis e banda
Ficha técnica: 17 pessoas
Traslado: 2 van(s) Todos os veículos com motoristas profissionais
Passagem: 17 a partir de São Paulo
Diárias de alimentação:
Por conta do contrante: Palco|Som|Luz|Unidade Geradora Silenciada|Camarins|ECAD

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